domingo, 19 de julho de 2009

Disciplinando nossos hábitos





Amanhecer na luz do quase pode ajudar a entender o problema da verdade absoluta. Certo não há, mas errar sem escolher, nada acertar ou não aprender com o próprio erro não deveria ocorrer. Como diria o ditado popular: "Errar é humano, mas persistir no erro é burrice."Ainda estamos esmagados na caverna sem ver a luz vivemos de sombras. O simples que não está entendido fica difícil de assimilar.
Que simples se nós pudéssemos fazer uso do que temos e ser quem somos em essência. Que simples se pudéssemos! Mas, ao contrário usamos máscaras escondendo quem somos e compramos mais e mais e não usamos. Quem não tem aquela coisinha bonitinha que nunca saiu da gaveta ou aquele livro que nunca passou da página cinco? Tem coisas que até esquecemos que temos. Entretanto felizes estamos, pois afinal “temos”. Ter é o êxtase do mundo contemporâneo. Queremos ter um namorado, uma esposa, um carro, uma casa, um filho. Todos proprietários. Donos de que? De quem? Quem somos não importa? Ser um ser social supera ter em todos os âmbitos.
Na ânsia de consumo não podemos estabilizar uma relação amorosa única, afinal há tanta oferta no mercado. Tão pouco podemos ler um único livro por vez, temos que entender de tantos assuntos superficialmente que só temos tempo para o superficial e para a nossa “especialidade” .
Que mundo é esse em que não se sabe saborear a comida e só engoli-la é possível? Engolimos comida como engolimos informações, idéias e ideologias. O que faz do homem um ser tão individualista e tão normal que o raciocínio coletivo possa ser excluído das necessidades básicas do ser humano? A humanidade paga pela sua própria ignorância. Uma massa ignorante é perigosa. Qual é a responsabilidade de cada um nesse bolo chamado mundo?
Filhos são para o mundo, os cachorros também. Ainda que cuidemos de nossos filhos, de nossa família, de nossos amigos e amores não os possuímos. Amores bons, por exemplo, são aqueles que ficam pra sempre por livre e espontânea necessidade. Ações fundamentais são aquelas internalizadas que estão arraigadas em nossas víceras. A repetição não-mecânica de ações que praticamos no dia a dia forma nossos hábitos.
A prática de nossos hábitos forma nossa personalidade. Que tal começarmos colocar em prática a virtude? Tarefas práticas possíveis e imagináveis:
Reciclar o lixo
Costurar uma roupa ao invés de comprar outra
Fazer reunião entre amigos ao invés de só ir em baladas
Comprar só aquilo que consome e necessita
Procurar não deixar comida no prato
Não ser levado pela impulsividade excessiva
Procurar ser antes de ter
Amar quem está ao nosso lado no dia-a-dia
Cativar amigos
Abraçar o que sofre
Dar uma moeda, um café , o que for possível se outro está necessitado
Concentrar-se em todos pequenos momentos
Lutar pelos direitos humanos
...
A lista seria imensa e poderia ser preenchida por cada um que a lesse. Importante: a lista tem que ter ética humanista e solidariedade implícitas em cada um de seus itens.
Esta lista deve ser feita de hábitos que temos ou almejamos. Só os bons hábitos mostram uma pessoa virtuosa. Um ato isolado não mostra quem está a nossa frente. Uma só ação não faz revolução. Todavia é um começo. Que tal começar sua lista hoje mesmo?

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