sábado, 19 de dezembro de 2009

Clímax



Clímax. Clímax. Max clima. Uma noite, um vinho e um sofá. Dois copos. O fluxo é arrebatador. Flores e folhas verdes espalhadas pela varanda. A garrafa holandesa foi quebrada ao mesmo tempo que um pedaço de você chegava pela primeira vez dentro de mim. A objetividade é a essência da arte dramática. E do amor? Será?
Fui amada antes do amor chegar. Te lambi e me perdi nas entranhas recheadas de pelos das quinas do teu ser.
Clímax. Desenho dos persongens. Que pessoa atrás da persona haverá? Quem somos nós?
Clímax, organização de ações. Uma ação após a outra, encadeando acontecimentos em imagens inesquecíveis.
Parece que foi ontem, parece que poderia ser pra sempre. Talvez, o poder do argumento nos traga de volta a sensação do apogeu. Todavia, já há um desenrolar da estória feita de um momento infinito que acordou entre dois corpos. É óbvio que o pra sempre não se demora a partir e concomitantemente a estória insiste em se prorrogar. O fluxo casual pede para ser costurado pelas suaves mãos de um artista. O ápice dramático não chega a lugar algum sozinho.

Um comentário:

  1. Chegando novamente por aqui! Que suas postagens em 2010 continuem tão belas como 2009!

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