quarta-feira, 1 de abril de 2009

Roi, Roi

Bichinho da seda corroe um copo de leite. Peitos aguniados e cobertos por mexilhoes obstruiem as veias e fazem cocegas no sangue. Um barulho informal rodeia os timpanos. Fugir= correr para lugar nenhum. Quanto mais impusiono o corpo para a fuga, mais prendo-me ao lencol da cama. De janelas fechadas respiro um ar rarefeito. Tontura. As pessoas passam como slides, como fotografias ambulantes por uma mente esfumacada.
Bichinho da seda corroe a folha-aguia que esburaca-se ao passear taturana pela sua superficie. Uma lagrima.Um choro sem chororo. Amendoas. Castanhas. Mastigo frutas quentes. Colorindo bolinhos me sinto observada.
Cai uma estrela do ceu. Entre as montanhas nuvens de chuva. Trovejam pensamentos deconexos. Esfria uma crosta no peito e por dentro tudo ferve como no centro da terra. Mas, quem disse que ferve o centro do mundo se ninguem nunca chegou ate o fundo? Pode ser que no meio do caminho volte a esfriar. Quem sabe?
Bichinho da seda roi o quentume de dentro da costela . Um supiro e uma interrogacao. Roi, roi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário