sexta-feira, 3 de abril de 2009

A Infancia de Maria ou uma infancia perdida entre estrelas cadentes

Cai uma estrela do ceu. Chora uma gota brilhante de menina, nostalgica. Uma garota chorou salgado por sentir eterna saudade do que ainda nao havia vivido. Uma infancia recheada de remedios e solidao sem fim. Este era o cenario, a casa de Carmim. Ela todos os dias adormecia em frente ao seu terno jardim. Uma pena que o jardim cheirava a cacto. Maria pensava: que gosto de infancia perdida dentro de mim! Descoloridos conflitos escorrendo como se a agua nunca fosse ter fim. Toda agua do mundo rolando pelo rosto de Maria que nem rugas tinha. Ufa! Um dia, surpreza, nenhuma mao acordou passeando pelo corpo da menina. Ela estranhou. Estava acostumada a angustia de ser um objeto des-necessario. Vulgo:buceta ambulante. Escrava da vida era Maria. Serva da aparencia e do amor in-condicional/sem–condicao. Dentro de casa o vilao que a menina de pequena nao entendia, todavia temia. Ainda caiem muitas lagrimas do ceu de Maria. Que blasfemia que tantas e tantas Marias ja tenham tido uma infancia tao cinza um dia.

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