segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Retumbam alvas preposições


"Depois que desliguei o telefone me arrependi de ter ligado, porque a emoção esfriou com a voz real" Ana Cristina César


O calor está de arrasar. Suando por todos os poros acordo enxarcada no meio da madrugada. Antes fosse enxarcada de sexo. De gozo. Todavia, é só o suor que me inunda. Lágrimas notívagas custam a secar. Será que a água salgada evapora mais lentamente? Ou é a dor que demora mais que a alegria na vida ?
A cama continuou a me cospir. Queria um abraço. Teve um aperto de mãos. Que diabos nos faz querer tanto e ficar quase sem nada?
Esse novembro acalorado acordou com mais uma manhã fora de casa. Em que casa eu estou? Quem acorda ao meu lado? Desespero. D-us toca uma camapainha no meu cérebro: que pode um simples mortal saber sobre destino?
Seria tudo acaso? Ou um acúmulo de casos?
Tem uma sentença que não engoli bem. Uma frase resmunga o passado em meus tímpanos. Tem uma frase que está deixando meu coração surdo. Desligo definitivamente o telefone mudo.

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